terça-feira, 25 de novembro de 2014

Brincando para desenvolver

No inicio o bebê dorme bastante e mama. Você conversa com ele, canta, e ele parece que não entende a interação é bem limitada, as vezes é bem frustrante ou preocupante,- ‘Será que está tudo bem?’

Mas com o passar das semanas você começa a ver mudanças, um sorriso ali, um som de aprovação quando você se aproxima, uma perninha que bate no brinquedo.

No dia a dia com meu bebê procuro oferecer a ele oportunidade de se desenvolver e aprender de forma simples, mas que auxiliam e muito no seu desenvolvimento.
Abaixo uma lista de dicas para ajudar no desenvolvimento do seu bebê:

·         Fale com seu bebê: como já falei aqui falar com o bebê é muito importante. Converse sobre o que está fazendo, nomeia suas partes do corpo na hora do banho, nomeie os objetos, brinquedos. 

·         Cante para ele, o som de sua voz acalma e com o tempo ele irá cantar com você.

·         Brinque com seu filho: ofereça brinquedos adequados à faixa etária que auxiliem no desenvolvimento do bebê. Nos primeiros meses móbiles com ou sem musica, depois chocalhos e mordedores, potes de tamanhos variados, caixas, garrafas pet são ótimos brinquedos e custam quase nada.

Bebês recém nascidos já percebem cores brilhantes, rostos e objetos. O bebê também percebe sons diversos, distinguindo a voz da mãe ou pai já nos primeiros dias. Os sons ficam cada vez mais nítidos com o passar dos meses. Desta maneira é necessário incluir no ambiente móbiles e brinquedos, sons e cores que estimule estes sentidos, organizando um espaço  possível de ver, sentir e escutar.

·         Coloque-o em posições diferentes com o auxilio de almofadas e travesseiros para que ele veja outros ângulos da casa.

·         Coloque-o no chão em almofadas e não apenas no carrinho. Conforme for crescendo vá aumentando a altura das almofadas deixando-o cada vez mais sentado, faça aos poucos e perceba como ele reage. Seu bebê dirá como ir avançando.

·         Mude os brinquedos oferecidos de tempos em tempos para ter sempre "novidade"

·         Quando o bebê engatinha deixe espaço livre, mas coloque alguns objetos que o auxiliem a levantar, isto ajuda para os primeiros passos.

·         Brinque de esconder com panos ou fraldas, esta simples brincadeira ajuda o bebê a aprender que as pessoas vão mais voltam.

Com estas dicas simples, brincando som seu bebê você ira proporcionar que ele aprenda sobre si mesmo, descobrindo-se através das brincadeiras, descobrindo assim suas habilidades e capacidades. Ser instigado e desafiado a todo o momento oportuniza ao bebê aprender e se desenvolver.

E o mais importante aproveite estes momentos, faça com prazer e não como obrigação.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Início da alimentação

Após seis meses apenas com leite materno chegou a hora  da introdução da alimentação sólida. Sabia que não seria fácil, mas não imaginava que seria tão difícil. Na  visita ao pediatra para revisão dos seis meses ele orientou como iniciar a alimentação, liberou os primeiros alimentos , sopa com batata, cenoura, arroz e frutas maça, banana,mamão e suco de laranja. 
Já havia lido sobre este momento, e nos textos lidos a orientação era  que tínhamos que introduzir a alimentação aos poucos, mas o pediatra orientou que podia iniciar com tudo. Fiquei um pouco receosa sobre o que seguir, mas optei pela orientação do pediatra.
Numa terça-feira fiz a comidinha, o suco, organizei tudo, maquina fotográfica carregada, esperei o papai para participar. colocamos ele no cadeirão, babeiro, palavras de incentivo, primeira colherada, papai gravando e buaaaaa....choro seguido de vômito, ficou linda a gravação.
A tarde a fruta foi a mesma coisa, cabeça balançando, cara de choro.  E agora?
Voltei para minhas  pesquisas, em vários sites a  orientação era a introdução aos poucos para o bebê ir se acostumando. Então reiniciei o processo de forma diferente. primeiro fruta a tarde. Cada dia uma fruta diferente. Cabeça balançando, cara de choro, mas aos poucos foi aceitando. Quando a fruta estava introduzida, o que levou um mês,iniciei a comidinha no almoço. Mais uma vez choro, cabeça balançando e aumento das mamadas de dia.
 Aos pouquinhos foi melhorando, até chegarmos ao que temos hoje um bebê que abre um bocão para comer, sua segunda palavra foi "papa", come de tudo e é muito bom de boca.
Na introdução dos alimentos tivemos algumas recusas no processo. Por exemplo, a banana tentei varias apresentações, amassada, esmagada com aveia, junto com mingau de aveia, cortadinha, e nada, mas não aceitei como um 'não gosta de banana'. Dei um tempo e voltei com banana, hoje ele come mordendo a fruta inteira, não é realmente sua fruta preferida, mas ele come.
Não podemos ver a recusa nesta fase como preferência,  não gosta e pronto, temos de insistir , tentar outras formas de apresentação, como tudo com bebês é preciso paciência.
Outra questão diz respeito a  sensibilidade da mamãe, eu confio no pediatra, mas a orientação que ele me passou não funcionou, tive flexibilidade e sensibilidade para perceber isto e buscar outras alternativas mais compatíveis com meu bebê. 
 quanto a forma de preparar a comidinha,amassar, bater no liquidificador. A textura dos alimentos  é muito importante para a rotina alimentar, as necessidades mudam conforme eles crescem. No inicio eu amassava com um garfo deixando pastosinho ou sopinha. Com o aumentos dos dentinhos e a aprendizagem da mastigação estou deixando mais pedaçudo. Agora não misturo os alimentos deixo-os separados no parto para o Pedro sentir as diferentes texturas e sabores, também mostro para ele o prato com as diferentes cores. 
A hora da alimentação mais do que aprender a se alimentar também é um momento de aprendizagem social, sentar a mesa, aprendizagem de cores, formas e texturas , quente e frio, prato cheio e vazio, acabou, vamos papar. No momento da alimentação converse com seu bebê antes durante e depois, fale sobre os alimentos, sobre o que vão fazer. Estabeleça uma rotina de alimentação, coloque no cadeirão, mas sentam-se todos na mesa se possível ou você, faça com que participe do almoço ou jantar em família. 

Ofereça de tudo ao seu bebê, estimule-o a experimentar, eu busco oferecer de tudo, ate porque nos comemos de tudo aqui em casa, o exemplo dos pais é muito importante. e tenha muita paciência, se estiver tendo dificuldades, procure orientação do pediatra ou nutricionista e faça da rotina alimentar um momento de prazer para toda a família.

Abraços,

PS: Desculpem a demora para publicação, mas estamos passando por mudanças na rotina que contarei logo para vocês. Paciência para mim. 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

O tempo, onze meses

Ontem Pedro fez 11 meses, e eu pensei, - já?- passou voando.Vida com bebê o tempo ganha outra dimensão. 
Tem horas que parece que o tempo voa e não vamos conseguir fazer tudo que é preciso. Em outras quando brincamos com ele o tempo fica parado naquele sorriso. E quando ele aprende algo novo, o tempo passa diferente mais devagar. Mas quando  vejo que ele está tão grande parece que passou rápido demais.

Que difícil que é o tempo, mas passa fazer o quê? Vou passar o tempo que posso com ele, nos meus braços porque daqui um tempo ele vai me olhar e disser mãe me larga deixa eu ir brincar. 
E agora dá licença que tô indo ali dar mais um abraço nele.

Abraços,

Alguns momentos em que o tempo parou...
Primeira vez que provou laranja, com o corpo inteiro

 Pé meu querido pé
Aprendendo a chutar
A primeira história

sábado, 1 de novembro de 2014

Pílulas do maternando

Quando eu era pequenino do tamanho de um botão.


Minhas roupas não cabiam, tudo ficava grandão

Amamentando


Sempre quis amamentar, nunca pensei que não conseguiria e tive uma experiência muito positiva da amamentação, apesar de alguns percalços. Palpites são muito comuns em relação a amamentação, escuta-se cada coisa. Leite fraco, insuficiente, se o bebê chora então e culpa do leite da mãe . Assim como estão tirando da mulher a força para um parto natural, colocando mil desculpas, a amamentação torna-se um "não poder" para a mulher.

Nunca acreditei nisso, sabia que o leite da mãe é o melhor, nunca é fraco, nunca falta nada para o bebê que é amamentado. Amamentei meu filho com leite materno ate os seis meses, sem água, chá, ou qualquer outro alimento. Meu filho que nasceu pequeno cresceu, engordou, nunca ficou doente. E eu sei que tudo isso graças ao meu leite, falo de boca cheia porque eu posso, você pode. Nunca duvide disso.

Como já falei aqui amamentei meu pequeno de 2 em 2 horas nos três primeiros meses. Depois as mamadas ficaram mais espaçadas, mas como era calor eu oferecia bastante o peito que era a agua, a comida e o aconchego. Chorava demais, peito, não estava bem, peito. Fui criticada, questionada, mas segui firme, e não me arrependo.

Hoje com quase onze meses meu filho come de tudo e ainda mama, de manhã e a noite  antes de dormir. Me perguntam até quando vou amamentar, mas não sei, acho que enquanto ele quiser. Ele já mama bem pouco, as vezes não quer. Deixo por ele, quando ele não precisar mais vai recusar e parar completamente. Deixo por ele.

No inicio foi bem dolorido, meus seios estavam sensíveis, encostar a roupa doía, imagina um bebê sugando. Acredito que a natureza é muito sábia, como não reconhecia quando o leite estava descendo o dolorido que sentia nas primeiras mamadas me  mostrava que ele estava sugando, que o leite descia. Depois de um tempo sentia o leite descer e não doía mais.

Nos primeiros dias parece que a única coisa que fazemos é amamentar, o bebê chora e você pensa - "Acabou de mamar"-  mas olha no relógio e vê que já passou duas horas. "-Como?",  é uma loucura. Mas  nos acostumamos com o ritmo e só vai.

O amamentar é um momento da mãe e do filho, e temos  de ter um ambiente adequado para isto. Uma poltrona confortável e uma almofada de amamentação são acessório indispensáveis para o conforto da mamãe e do bebê. O ideal é um local tranquilo, eu no inicio,  mesmo com visitas pedia licença e ia para o quarto do Pedro onde tínhamos a poltrona e a almofada. Lá,  só nos dois era bem tranquilo e pudi desfrutar deste momento tão único onde você produz o alimento do seu filho, me sentia tão poderosa e especial, (desculpem se pareço metida mas me sentia assim e todos deveriam nos valorizam e fortalecer com a maternidade).

Desde o hospital o Pedro mamou bem e pegava direitinho o seio. Li um livro que falava sobre a pega que me ajudou bastante, mas também peguei informações com as enfermeiras do hospital. Sobre isto me informei bastante, li, pesquisei, perguntei,  pois a amamentação para mim era pura novidade.

O planejado era amamentá-lo ao nascer, mas não foi possível porque ele nasceu com a respiração fraca e teve que ser monitorado, mas assim que foi possível ele foi para o seio e mamou  bem direitinho e muito.
A primeira mamada na sala de recuperação.


Eu sou defensora da amamentação, e vejo que muitas mulheres acabam desistindo porque escutam tanta coisa negativa que por medo de estarem fazendo mal a seu filho dão mamadeira. Mas este é um super poder que temos, as vezes querem nos negar ele, mas temos que ser fortes. Acredite seu leite não é fraco ou insuficiente, informe-se com o seu médico, pediatra, doula, pessoas de sua confiança, que vão lhe fortalecer, os palpites negativos ignora e vai em frente.

No final vale a pena ver que está gordinho assim graças a você.
Abraços,