terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Um ano

Quando o bebê nasce é tudo novo, as descobertas não são apenas daquele bebê, mas também daqueles que se tornaram pai e mãe. A cada aprendizagem do pequeno somam-se tantas outras daqueles dois indivíduos que ganharam uma nova identidade pai e mãe. 

Descobrir como acalentar, trocar a fralda, amamentar, fazer dormir. aprendizagens por vezes difíceis, mas tão prazerosas. E a cada sorriso, a cada descoberta, cada passo dado é uma alegria imensa.

Para nós pais do Pedro já faz um ano de aprendizagem, com ele aprendemos o verdadeiro sentido da palavra pai e mãe.

Ele cresceu bastante e nós amadurecemos, colocamos em prática o nosso ideal de criação, com ele hoje somos família e não mais um casal.

Obrigado filho, te amo


PS:  Aos amigos que irão entrar nesta jornada que receberão esta nova identidade bem vindo e boas descobertas.
Com um dia de vida.

E com um ano.

Choro é comunicação


Quando temos filhos, principalmente bebês, vemos como os adultos em geral tem dificuldade em ouvir um choro. O choro incomoda, quando estamos em um local publico e um bebê chora  as pessoas ao redor tem diferentes reações, uns ficam aflitos, outros irritados, outros repreendem mentalmente os pais, (estão maltratando ou dão muita manha), mas o desejo de todos é “-Calem este bebê”.

Eu sinto isto hoje, estes olhares, conversas e sussurros quando meu filho chora, alguns mais ‘preocupados’ te perguntam o que é, e já te dão mil dicas, coloca bico, dá mamadeira, faz dormir, pobrezinho. Não importa a dica, mas o resultado esperado é o mesmo, faz este choro parar.

Mas apesar disto tudo sou muito tranquila quanto ao choro desde sempre. Primeiro porque sei que o choro é a forma que meu filho tem de se comunicar, e para entendê-lo tenho de ouvir seu choro.
Eu me identifico muito com um trecho do livro 'Quem ama educa' de Içami Tiba do qual baseio minha forma de atendimento ao meu filho.

Ao ouvir o bebe chorar:
1.       Pare! Volte a atenção para o bebê: ele está comunicando algo a você.
2.       Ouça! O que este choro em particular quer dizer? Fome? Sono? Fralda suja?
3.       Veja! Como o bebê esta se movimentando? Ele se contrai? Ele se estica? O que mais acontece em torno dele?
4.       Pense! Considerando suas informações e o histórico do bebê, o que ele esta comunicando?
5.       Aja! Faça o que for necessário para o bebê. Alimentá-lo, distraí-lo, trocá-lo, agasalhá-lo...

O choro é seu aliado, não se desespere pare e escute, o choro é informação, o seu bebê informando do que ele precisa. Seja paciente com o choro.

 Seguindo estes passos fica mais fácil atender meu pequeno desde que ele nasceu, mas é claro que agora o choro tem mais alguns motivos como: me dá atenção, me dá colo ou larga este computador e fica comigo.


Abraço

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Brincando para desenvolver

No inicio o bebê dorme bastante e mama. Você conversa com ele, canta, e ele parece que não entende a interação é bem limitada, as vezes é bem frustrante ou preocupante,- ‘Será que está tudo bem?’

Mas com o passar das semanas você começa a ver mudanças, um sorriso ali, um som de aprovação quando você se aproxima, uma perninha que bate no brinquedo.

No dia a dia com meu bebê procuro oferecer a ele oportunidade de se desenvolver e aprender de forma simples, mas que auxiliam e muito no seu desenvolvimento.
Abaixo uma lista de dicas para ajudar no desenvolvimento do seu bebê:

·         Fale com seu bebê: como já falei aqui falar com o bebê é muito importante. Converse sobre o que está fazendo, nomeia suas partes do corpo na hora do banho, nomeie os objetos, brinquedos. 

·         Cante para ele, o som de sua voz acalma e com o tempo ele irá cantar com você.

·         Brinque com seu filho: ofereça brinquedos adequados à faixa etária que auxiliem no desenvolvimento do bebê. Nos primeiros meses móbiles com ou sem musica, depois chocalhos e mordedores, potes de tamanhos variados, caixas, garrafas pet são ótimos brinquedos e custam quase nada.

Bebês recém nascidos já percebem cores brilhantes, rostos e objetos. O bebê também percebe sons diversos, distinguindo a voz da mãe ou pai já nos primeiros dias. Os sons ficam cada vez mais nítidos com o passar dos meses. Desta maneira é necessário incluir no ambiente móbiles e brinquedos, sons e cores que estimule estes sentidos, organizando um espaço  possível de ver, sentir e escutar.

·         Coloque-o em posições diferentes com o auxilio de almofadas e travesseiros para que ele veja outros ângulos da casa.

·         Coloque-o no chão em almofadas e não apenas no carrinho. Conforme for crescendo vá aumentando a altura das almofadas deixando-o cada vez mais sentado, faça aos poucos e perceba como ele reage. Seu bebê dirá como ir avançando.

·         Mude os brinquedos oferecidos de tempos em tempos para ter sempre "novidade"

·         Quando o bebê engatinha deixe espaço livre, mas coloque alguns objetos que o auxiliem a levantar, isto ajuda para os primeiros passos.

·         Brinque de esconder com panos ou fraldas, esta simples brincadeira ajuda o bebê a aprender que as pessoas vão mais voltam.

Com estas dicas simples, brincando som seu bebê você ira proporcionar que ele aprenda sobre si mesmo, descobrindo-se através das brincadeiras, descobrindo assim suas habilidades e capacidades. Ser instigado e desafiado a todo o momento oportuniza ao bebê aprender e se desenvolver.

E o mais importante aproveite estes momentos, faça com prazer e não como obrigação.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Início da alimentação

Após seis meses apenas com leite materno chegou a hora  da introdução da alimentação sólida. Sabia que não seria fácil, mas não imaginava que seria tão difícil. Na  visita ao pediatra para revisão dos seis meses ele orientou como iniciar a alimentação, liberou os primeiros alimentos , sopa com batata, cenoura, arroz e frutas maça, banana,mamão e suco de laranja. 
Já havia lido sobre este momento, e nos textos lidos a orientação era  que tínhamos que introduzir a alimentação aos poucos, mas o pediatra orientou que podia iniciar com tudo. Fiquei um pouco receosa sobre o que seguir, mas optei pela orientação do pediatra.
Numa terça-feira fiz a comidinha, o suco, organizei tudo, maquina fotográfica carregada, esperei o papai para participar. colocamos ele no cadeirão, babeiro, palavras de incentivo, primeira colherada, papai gravando e buaaaaa....choro seguido de vômito, ficou linda a gravação.
A tarde a fruta foi a mesma coisa, cabeça balançando, cara de choro.  E agora?
Voltei para minhas  pesquisas, em vários sites a  orientação era a introdução aos poucos para o bebê ir se acostumando. Então reiniciei o processo de forma diferente. primeiro fruta a tarde. Cada dia uma fruta diferente. Cabeça balançando, cara de choro, mas aos poucos foi aceitando. Quando a fruta estava introduzida, o que levou um mês,iniciei a comidinha no almoço. Mais uma vez choro, cabeça balançando e aumento das mamadas de dia.
 Aos pouquinhos foi melhorando, até chegarmos ao que temos hoje um bebê que abre um bocão para comer, sua segunda palavra foi "papa", come de tudo e é muito bom de boca.
Na introdução dos alimentos tivemos algumas recusas no processo. Por exemplo, a banana tentei varias apresentações, amassada, esmagada com aveia, junto com mingau de aveia, cortadinha, e nada, mas não aceitei como um 'não gosta de banana'. Dei um tempo e voltei com banana, hoje ele come mordendo a fruta inteira, não é realmente sua fruta preferida, mas ele come.
Não podemos ver a recusa nesta fase como preferência,  não gosta e pronto, temos de insistir , tentar outras formas de apresentação, como tudo com bebês é preciso paciência.
Outra questão diz respeito a  sensibilidade da mamãe, eu confio no pediatra, mas a orientação que ele me passou não funcionou, tive flexibilidade e sensibilidade para perceber isto e buscar outras alternativas mais compatíveis com meu bebê. 
 quanto a forma de preparar a comidinha,amassar, bater no liquidificador. A textura dos alimentos  é muito importante para a rotina alimentar, as necessidades mudam conforme eles crescem. No inicio eu amassava com um garfo deixando pastosinho ou sopinha. Com o aumentos dos dentinhos e a aprendizagem da mastigação estou deixando mais pedaçudo. Agora não misturo os alimentos deixo-os separados no parto para o Pedro sentir as diferentes texturas e sabores, também mostro para ele o prato com as diferentes cores. 
A hora da alimentação mais do que aprender a se alimentar também é um momento de aprendizagem social, sentar a mesa, aprendizagem de cores, formas e texturas , quente e frio, prato cheio e vazio, acabou, vamos papar. No momento da alimentação converse com seu bebê antes durante e depois, fale sobre os alimentos, sobre o que vão fazer. Estabeleça uma rotina de alimentação, coloque no cadeirão, mas sentam-se todos na mesa se possível ou você, faça com que participe do almoço ou jantar em família. 

Ofereça de tudo ao seu bebê, estimule-o a experimentar, eu busco oferecer de tudo, ate porque nos comemos de tudo aqui em casa, o exemplo dos pais é muito importante. e tenha muita paciência, se estiver tendo dificuldades, procure orientação do pediatra ou nutricionista e faça da rotina alimentar um momento de prazer para toda a família.

Abraços,

PS: Desculpem a demora para publicação, mas estamos passando por mudanças na rotina que contarei logo para vocês. Paciência para mim. 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

O tempo, onze meses

Ontem Pedro fez 11 meses, e eu pensei, - já?- passou voando.Vida com bebê o tempo ganha outra dimensão. 
Tem horas que parece que o tempo voa e não vamos conseguir fazer tudo que é preciso. Em outras quando brincamos com ele o tempo fica parado naquele sorriso. E quando ele aprende algo novo, o tempo passa diferente mais devagar. Mas quando  vejo que ele está tão grande parece que passou rápido demais.

Que difícil que é o tempo, mas passa fazer o quê? Vou passar o tempo que posso com ele, nos meus braços porque daqui um tempo ele vai me olhar e disser mãe me larga deixa eu ir brincar. 
E agora dá licença que tô indo ali dar mais um abraço nele.

Abraços,

Alguns momentos em que o tempo parou...
Primeira vez que provou laranja, com o corpo inteiro

 Pé meu querido pé
Aprendendo a chutar
A primeira história

sábado, 1 de novembro de 2014

Pílulas do maternando

Quando eu era pequenino do tamanho de um botão.


Minhas roupas não cabiam, tudo ficava grandão

Amamentando


Sempre quis amamentar, nunca pensei que não conseguiria e tive uma experiência muito positiva da amamentação, apesar de alguns percalços. Palpites são muito comuns em relação a amamentação, escuta-se cada coisa. Leite fraco, insuficiente, se o bebê chora então e culpa do leite da mãe . Assim como estão tirando da mulher a força para um parto natural, colocando mil desculpas, a amamentação torna-se um "não poder" para a mulher.

Nunca acreditei nisso, sabia que o leite da mãe é o melhor, nunca é fraco, nunca falta nada para o bebê que é amamentado. Amamentei meu filho com leite materno ate os seis meses, sem água, chá, ou qualquer outro alimento. Meu filho que nasceu pequeno cresceu, engordou, nunca ficou doente. E eu sei que tudo isso graças ao meu leite, falo de boca cheia porque eu posso, você pode. Nunca duvide disso.

Como já falei aqui amamentei meu pequeno de 2 em 2 horas nos três primeiros meses. Depois as mamadas ficaram mais espaçadas, mas como era calor eu oferecia bastante o peito que era a agua, a comida e o aconchego. Chorava demais, peito, não estava bem, peito. Fui criticada, questionada, mas segui firme, e não me arrependo.

Hoje com quase onze meses meu filho come de tudo e ainda mama, de manhã e a noite  antes de dormir. Me perguntam até quando vou amamentar, mas não sei, acho que enquanto ele quiser. Ele já mama bem pouco, as vezes não quer. Deixo por ele, quando ele não precisar mais vai recusar e parar completamente. Deixo por ele.

No inicio foi bem dolorido, meus seios estavam sensíveis, encostar a roupa doía, imagina um bebê sugando. Acredito que a natureza é muito sábia, como não reconhecia quando o leite estava descendo o dolorido que sentia nas primeiras mamadas me  mostrava que ele estava sugando, que o leite descia. Depois de um tempo sentia o leite descer e não doía mais.

Nos primeiros dias parece que a única coisa que fazemos é amamentar, o bebê chora e você pensa - "Acabou de mamar"-  mas olha no relógio e vê que já passou duas horas. "-Como?",  é uma loucura. Mas  nos acostumamos com o ritmo e só vai.

O amamentar é um momento da mãe e do filho, e temos  de ter um ambiente adequado para isto. Uma poltrona confortável e uma almofada de amamentação são acessório indispensáveis para o conforto da mamãe e do bebê. O ideal é um local tranquilo, eu no inicio,  mesmo com visitas pedia licença e ia para o quarto do Pedro onde tínhamos a poltrona e a almofada. Lá,  só nos dois era bem tranquilo e pudi desfrutar deste momento tão único onde você produz o alimento do seu filho, me sentia tão poderosa e especial, (desculpem se pareço metida mas me sentia assim e todos deveriam nos valorizam e fortalecer com a maternidade).

Desde o hospital o Pedro mamou bem e pegava direitinho o seio. Li um livro que falava sobre a pega que me ajudou bastante, mas também peguei informações com as enfermeiras do hospital. Sobre isto me informei bastante, li, pesquisei, perguntei,  pois a amamentação para mim era pura novidade.

O planejado era amamentá-lo ao nascer, mas não foi possível porque ele nasceu com a respiração fraca e teve que ser monitorado, mas assim que foi possível ele foi para o seio e mamou  bem direitinho e muito.
A primeira mamada na sala de recuperação.


Eu sou defensora da amamentação, e vejo que muitas mulheres acabam desistindo porque escutam tanta coisa negativa que por medo de estarem fazendo mal a seu filho dão mamadeira. Mas este é um super poder que temos, as vezes querem nos negar ele, mas temos que ser fortes. Acredite seu leite não é fraco ou insuficiente, informe-se com o seu médico, pediatra, doula, pessoas de sua confiança, que vão lhe fortalecer, os palpites negativos ignora e vai em frente.

No final vale a pena ver que está gordinho assim graças a você.
Abraços, 

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Trabalho de parto a saga: parte 2

Indo para o hospital e o nascimento do Pedro

Cheguei lá tranquila, caminhando, um senhor me avistou e correu para pegar uma cadeira de rodas ao que agradeci, precisava caminhar.  Quando dava uma contração, parava respirava e seguia.
Fizemos a entrada no hospital, que demorou um pouquinho. Quando foram me acompanhar para internar queriam que eu fosse de cadeira,era protocolo, bati o pé que não queria,  iria caminhando, a moça me olhou de cara feia mas aceitou. Quis ir de escada, dai ela foi irredutível, tinha de ser elevador, acatei.

Cheguei na recepção da sala de parto. A primeira coisa que ouvi foi, é paciente da Dr. Guísella, tipo senha para não mexa nela. Foi engraçado a cara do pessoal da enfermagem, mesmo quem trabalha lá não entende o parto humanizado, não respeita que eu escolhi como será e não o protocolo. Mas depois uma enfermeira bem legal me acompanhou. Verificaram pressão, temperatura e me deixaram esperando a médica.

Assim que a médica chegou foi me examinar para ver a dilatação, estávamos ansiosos para saber, que decepção estava com 4 dedos. Paciência tem de esperar.

Fui para salinha de pré parto. Tudo que a enfermeira falava que eu deveria fazer eu olhava para doula. Explico, como estava com 37 semanas não havia feito meu plano de parto, e algumas coisas não havia escolhido e ela me orientava dentro do que ela sabia que era meu desejo.
Quando fui para o hospital pedi a minha irmã que ligasse para os avôs todos queriam acompanhar.

E então as minhas leves contrações ficaram mais fortes, fiquei bastante na bola que ajuda a ‘abrir’ a bacia, tomei banho que a agua quente ajuda a diminuir o desconforto.
Mas a coisa não evoluía muito, fui ficando cansada, preocupada com o povo lá fora que estava esperando, penso que tudo isso atrapalhou. Mas faz parte.

Na primeira parte da contração meu marido me abraçava, conforme orientação da doula, e fazíamos uma dança que ajudava a aliviar.
Na segunda fase, onde as contrações são mais intensas eu me ‘atirava’ por assim dizer em direção ao chão e meu marido ou a doula me seguravam. Este exercício ajudava bastante em vários aspectos, diminuía a intensidade da contração e ajudava a ‘abrir’.

Em certo momento fui para o banquinho, fiz força, mas nada. Fiquei cansada, dormia entre uma e outra contração. Achei que não conseguiria. Mas tinha meu marido, a médica e a doula que diziam que eu iria conseguir.

A médica monitorava o coração do Pedro e estava tudo bem com ele.

 Era bem dolorido esta parte final, cansa para caramba, a única coisa que eu queria era que terminasse logo. Não tinha mais noção de tempo, estava cansada, doída, mas sabia que tinha que tirar forças para meu filho nascer.

Como estava muito tempo sem contração a medica recomendou o uso da ocitocina, não queria muito mas era necessário. apos a aplicação do soro foi uma loucura era uma contração em cima da outra êle foi descendo e a dor aumentando, mas já estávamos no final do processo eu só pensava que não era dor de doença, era preciso aquilo para que eu colocasse meu filho no mundo.

A médica então conversou comigo, temos que fazer este menino nascer, entrei em pânico achei que teria que fazer cesárea. a medica riu de mim, ele esta para nascer vou te auxiliar. fomos para sala de parto, caminhei ate la sentindo a cabecinha dele, muito estranho.

A médica me falou que ele não tinha feito a ultima virada e durante o contração ela o virou.
Eu fazia força, achava que não conseguiria, mas meu marido me deu a ultima força necessária "-Amor a cabecinha tá saindo vai que tu pode, só mais um pouco." 

Pronto sou super, vamos lá, e Pedrinho nasceu. saiu devagarinho, a medica colocou ele na minha barriga,  pausa para choro, ele olhou para mim, e eu lá abobada sem acreditar que ele era meu filho. Ele não chorou, ficou com o olhão aberto vendo tudo ao redor. Quando sai do estupor olhei para ele, beijei seu rosto e disse, "- Oi sou sua mãe."  
                                                            A 'dança' da contração
                                                        Monitorando o coração do pedro
Valeu cada contração.

Abraço, até a próxima.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Pílulas do maternando

                                      Papai tem de estudar e as vezes recebe uma ajudinha.

Porque não importa quanto tempo você tem para passar com seu bebê e sim o que você faz com ele. 

Semana complicada

Esta semana, como já diz o título foi complicada. Pedrinho agitado, dormindo pouco e mamãe e papai também. Hoje só que consegui um tempinho para escrever e resolvi falar com vocês sobre isso. No post sobre o sono da mamãe falei sobre as noites, o sono, ou a falta dele e sobre as fases, as mudanças do  sono e da rotina de sono.

Pois é, esta semana tivemos mais uma mudança, ou uma fase que acredito vai passar rapidinho. Não sei se é dente, se é o horário de verão, mas esta semana passamos um perrengue com o Pedrinho. Começou na segunda acordando de hora em hora chorando, reclamando e demorando para dormir, terminando com a noite passada que a mamãe teve que dormir com ele no quartinho dele, lê-se mamãe no colchão no chão.

Nestas horas da madrugada é difícil, porque você sabe o que deve fazer e o que não, mas o cansaço, a (in)paciência, tudo se junta e acaba que não funciona tão bem como a gente gostaria. Explico, você combina com seu parceiro, 'quando acordar na madrugada vamos ajeita-ló no berço, recolocar o bico para que siga dormindo, se chorar muito  pega um pouquinho no colo'. Isto é o combinado, mas daí são cinco da manha, você esta acordado nesta luta desde as três. Mamãe e papai já se revezaram, e o pequeno nada de se entregar, o que você faz?  O que for mais fácil, né.- Fazer o quê?- No outro dia bate uma tristeza, uma culpa, mas é parte.

Só que estes momentos tem de ser exceções a regra, porque senão a rotina e os combinados viram uma bagunça, e como já falei aqui antes o bebê precisa de previsibilidade, proporcionada pela rotina e a constância destas, ou seja não adianta cada hora ser de um jeito isso causa insegurança no bebê.

Na primeira noite mantemos o combinado foi demorado,mas ele dormiu na segunda noite já vinhamos de uma noite mal dormida estávamos cansados, não foi tudo tão dentro das regras, mas vamos ajustando, falhando e aprendendo. 

O que fica do que aprendemos e deixamos para você leitor é :

Mantenha sua rotina, seja flexível perante as mudanças do sono, Mas sempre ciente de que 'falhas' no percurso são perdoáveis, na verdade não são falhas, são aprendizados.


E hoje vamos ver como será o nosso sono. 

Abraço, até a próxima.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Pílulas do maternado

E você pensa enquanto lava a louça- "Quem bom se distraiu com os brinquedos"-, mas quando dá uma espiada vê esta cena.


E pensa em xingar mas daí ele te olha assim.



Pega e morde, beija, amassa,  é teu mesmo, risos.


Trabalho de parto a saga: parte 1

Gente fiquei umas horas em trabalho de parto, para contar tudo o post  ficou meio grandinho então vou dividir em partes para vocês.

Parte 1 o inicio de tudo.


 Era sábado dia 30 de novembro estava com 36 semanas, fechava 37 na segunda-feira dia 2 de dezembro.
Acordei lá pelas 5 da manha para fazer xixi, como acontecia todas as manhãs, mas fiz mais que o normal. Não senti nada de diferente, voltei para cama. Só que outra vez tive que ir no banheiro, e mais outra. Comentei com meu marido, resolvemos ligar para doula, era muito cedo não nos atendeu. Ficamos pensando o que fazer, mas eu estava tranquila achava que era a bolsa. Meu marido ficou preocupado iria trabalhar, mas ficou em casa. Fui ao banheiro mais uma vez e então escorreu um liquido pelas minhas pernas quando sai do banheiro.
Olhei para meu marido, que estava com cara de apavorado e disse que achava que era a bolsa. Ele queria correr para o hospital, o acalmei dizendo que isso só acontecia em “novela da globo”. Ligamos para médica que nos orientou a ir para seu consultório para me examinar.

Ela me examinou e disse que era a bolsa, mas que podia ser apenas uma ruptura, poderia ficar perdendo liquido por dias ate o trabalho de parto iniciar. Voltamos para casa fiquei perdendo liquido todo o fim de semana. A médica me pediu para na segunda-feira fazer uma ecografia para ver como estava o liquido.
Na segunda-feira de manha fiz os exames que a médica pediu. Mesmo perdendo liquido fui para o centro a tarde ver umas coisinhas para o quartinho e as lembrancinhas. Depois fui para a sogra pois era seu aniversário.
No inicio da noite fui novamente na médica  levar os exames. Na quarta-feira anterior tinha feito uma ecografia de rotina, a medica então comparando as duas e percebeu que havia uma diferença do peso do bebê, para menos 300 gramas. Ela disse que podia ser erro de leitura, fiz as ecografias em laboratórios diferentes, e havia o percentual de erro, ou meu bebê não estava mais se alimentando.
Pela primeira vez fiquei um pouco preocupada, afinal minha gestação tinha sido muito tranquila. Ela nos tranquilizou dizendo que provavelmente era erro na leitura, mas para tirar a dúvida me encaminhou para o hospital para fazer uma ecografia  dopler, que era mais detalhada.
Fomos para o hospital não foi possível fazer a ecografia, mas o médico do plantão fez um exame para acompanhar o batimento do bebê e disse que ele estava bem. Olhou minhas ecografias, já havia conversado com minha médica e me tranquilizou dizendo para voltar no outro dia para fazer o exame.
Saímos de lá receosos, mas confiantes que tudo estava bem. Passamos na sogra para comer e voltamos tarde para casa. Tomei um banho e deitei, então senti uma cólica e sabia que era contração. Havia iniciado meu trabalho de parto. Meu marido estava dormindo, como sabia que poderia demorar deixei ele dormir. Entre uma contração e outra eu cochilava, lá pelas três da manhã ficou um pouco mais forte, comecei a ir para o banheiro,  pois sentar no vaso aliviava.
Meu marido acordou e achou estranho, não pude mais esconder e disse que as contrações haviam começado.
Ele se apavorou  um pouco,  quis ligar para médica chamar a doula. Acalmei-o e pedi que monitorássemos por um tempo, mais ou menos por uma hora,  para ver o espaço entre as contrações para então ligar para a doula. Disse que iria deitar de lado e sinalizaria a contração para ele anotar e fazer uma massagem nas minhas costas.
Então veio uma contração sinalizei para ele, e.. não teve massagem,  quando me virei cada ele. Estava tão a mil que não me entendeu bem, quando sinalizei a contração ele saiu e ligou para  doula, foi bem engraçado . Fiquei paradinha esperando a massagem e ele como um furacão fez o contrário do que pedi, mas tudo bem. Expliquei para doula a situação, rimos um pouco e ela disse que estava vindo.
Fomos monitorando e as contrações estavam de 5 em 5 minutos.  A doula, chegou conversamos fiquei deitada de lado neste período e fui até as 5 da manhã assim,  até que dormi e tudo parou. Levantei pelas 6 horas , fui tomar um banho e senti algo descer comentei com a doula que achou melhor irmos para o hospital, pois podia estar coroando.


Fomos, era alarme falso estava com dois dedos de dilatação. A médica perguntou se queria internar ou ficar mais um tempo em casa. Quis voltar para casa. A doula foi descansar e disse para monitorarmos,  qualquer coisa  ligávamos. Voltei para casa, comi, caminhei. Lá pelas dez as contrações voltaram, recomeçamos a monitorar e ligamos para doula. Minha irmã sem saber, estava de folga e chegou na minha casa. A doula chegou, me ensinou uns exercícios para fazer durante as contrações. As contrações vinham fazia os exercícios e olhava televisão, caminhava, lavava louça, varria a casa. No momento dos exercícios meu marido ficava junto me abraçando, me ajudando. 

Passei a manhã e a tarde assim, lá pelas 5 da tarde me enjoei de estar em casa e as contrações estavam bem juntas. Resolvi mudar de ares e ir para o hospital. Meu marido estava meio preocupado achando que eu ia ganhar o bebe em casa, mas respeitou minha decisão, tomei banho, verifiquei a malinha(que havia preparado na madrugada quando havia começado as contrações) sequei meu cabelo, e meu marido quase tendo uma sincope. Ligamos para a medica e rumamos para o hospital, minha irmã, doula, marido e eu.

Eu e meu marido já no hospital, em breve parte 2 da saga. 

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O sono da mamãe


Desde que meu filho veio ao mundo não sei mais o que é dormir uma noite inteira. Como nasceu com menos de 3kg  os primeiros meses foram de mamadas a cada duas horas. Na primeira semana em casa, após o parto o corpo libera tanta adrenalina, que fiquei meio anestesiada, não fiquei cansada com esta rotina. Mas conforme os meses foram passando o cansaço aumentando eu fui me consumindo. Mas o que mais pesou, e ainda pesa para mim, são as duvidas quanto ao que estou fazendo, será que está certo isto, será que faço assim  ou assado, quando a duvida pega o cansaço se multiplica, porque é um peso enorme que se carrega e junta tudo e dá” tilte”.
As pessoas falam para você, -“Quando ele dormir, dorme com ele”- mas daí ele dorme e você pensa,- “Poderia agora fazer alguma coisa que gosto, olhar teve, ler um livro, folhear revista, ir ao banheiro, mas é tanta coisa que eu queria fazer”-,  e bate uma dúvida danada e dai... ele acordava. Já viu né,  já era.
Agora que  ele está com nove meses, resolvi deitar com ele e... dormi, dormi muito e ele também e descansei, e foi bom.
Mas voltando ao início, nos primeiros meses ele mamava e dormia. Acordava para mamar e já dormia no peito. Bem tranquilo. Conforme foi crescendo foi ficando mais acordado durante o dia, mas a noite mamada e caminha.
Lá pelos seis ,sete meses ele acordava de madrugada e não queria dormir. Eu, preocupada com o sono do marido que tinha que trabalhar no outro dia, vinha com o pequeno para sala e lá se iam duas, três horas de luta, cansaço, solidão, raiva do marido que estava dormindo (coitado), e raiva de mim por ter raiva. E puxa paciência lá do dedão do pé para não surtar  e só piorar a situação.
E no outro dia ele acordava lá pelas oito, e segue o barco, mamada, troca de fraldas, brinca, soninho da manhã, fazer almoço, arruma casa, mamada, sono da tarde... ufa, já cansei. Mas foi uma fase curta que passou. Logo regularizou e ele acordava duas vezes por noite para mamar.
Espero não desencorajar ninguém a amamentar, esta foi a minha experiência e apesar destas fases mais difíceis foi muito bom. Quando engravidei me diziam “-Tu nunca mais vai dormir!”-  e eu respondia, “- Tudo bem, dormi durante trinta anos tá bom né  ? Agora vou cuidar do meu filho.”
Muito da minha noite com interrupções se deve a costumes que colocamos nele ou coisas que vamos fazendo e não nos damos por conta.
Por exemplo, quando ele começou a comer comidinha, principalmente a noite eu não precisava mais dar mama durante a noite, tinha que ter iniciado uma nova rotina, quando ele acordasse deixasse chorar um pouco antes de atender, ir no berço ajeita-ló pra seguir dormindo.
Mas demoramos a perceber que não precisava mais dar de mamar a noite. E ainda não consigo deixá-lo chorando a noite. Entendam que eu sei o que deve ser feito, mas eu sou mãe e dou um dengo, me passo nas coisas é natural.
E assim vai passando os meses ele crescendo, dormindo mais a noite, fazendo um showzinho de vez em quando, é parte. Quando ele dormir a noite toda vou pensar, - “Mas como, ele não precisou de mim?”.

domingo, 12 de outubro de 2014

Hora de dormir

Uma coisa que sempre achei importante como educadora infantil, e que sabia que adotaria com meus filhos, foi o estabelecimentos de rotina. A rotina gera previsibilidade que ajuda a criar um ambiente tranquilo para o bebê.

Desde a chegada do Pedro em casa tentamos estipular uma rotina para dormir a noite. Fazíamos assim, as sete horas dávamos o banho,  então desligávamos as luzes, baixávamos o volume da televisão. A mamãe  ia com ela para o quarto e dava o mama. Nos primeiros dias ele dormia e eu o colocava no berço.

Depois ele precisou que fizéssemos ele dormir, colocávamos no colo um leve embalo para frente para trás até que ele adormecia, neste processo revezávamos,  eu e o papai. Era bem tranquilo.

Passamos então lá pelo terceiro mês, por uma fase mais difícil, deu uma complicada e  a hora de dormir virou uma briga . Seguíamos o mesmo ritual, mas era uma hora a uma hora e meia para ele se entregar, um estres. 

Vimos que não estava dando certo, a hora de dormir tinha de ser um momento tranquilo, uma experiência boa para todos nós . Depois de muito conversar resolvemos mudar o horário, percebemos que ele estava maiorzinho e dormia menos. Mudamos então o horário, iniciando o processo lá pelas oito horas, deixamos ele mais com a gente no escurinho e  funcionou.

A rotina é importante, mas deve ser organizada conforme a necessidade do bebê, devemos ter o olhar atento, perceber como esta fluindo ou não. A rotina tem de ser estabelecida, mas flexionada ou mudada conforme as necessidades do seu bebê,  que vão se modificando com o tempo. É preciso ouvir seu bebê, seu choro, o que ele quer dizer para você. 


Conforme o Pedro está crescendo vamos nos adaptando , e adaptando o momento de dormir. Hoje já mudou mais um pouco, as vezes é mais difícil, mas posso dizer que boa parte das vezes dá certo. 

Você, tinha uma rotina para dormir antes da chegada do seu bebê. Uns dormem olhando televisão, outros  dormem com barulho, outros só no silencio absoluto. Cada um tem uma rotina. Mas com a chegada de um bebê tudo muda.

Pense bem você consegue dormir, com qualidade,  num lugar barulhento, com muita luz e onde as pessoas estão estressadas. Seu bebê é muito sensível a tudo. Um ambiente calmo e propicio ao descansar, com pais relaxados e tudo de que um bebê  precisa. 

Faça suas tentativas, inicie uma rotina que você verá será tudo mais tranquilo para todos. Maternar é isso organizar a vida para receber esta nova vida. 

Abraço e  Feliz Dia da Criança

sábado, 11 de outubro de 2014

PÍLULAS DO MATERNANDO

Pessoas como iniciei o blog já com muitas histórias para contar vou colocando alguns relatos da gravidez e da experiência de ser mamãe alternados.

O Pílulas do Maternando serão pequenos textos/relatos de coisas do dia a dia que vamos passando e a forma que resolvemos ou não.

E aí vai a pílula do dia.

Nosso pequeno acordou as 6:30 hoje e após algumas tentativas não voltou a dormir. O papai, já que fica pouco com ele na semana, levantou logo e veio para sala brincar com o filhote. Depois de uma meia hora o pequeno mostra sinais de sono, o papai inicia tentativas para faze-ló dormir sem sucesso. Então desisti e o coloca no chão, -"quem sabe brinca um pouco mais e se cansa"- que nada,  o mocinho engatinha até a porta do quarto, onde mamãe está dormindo e bate na porta. Papai o pega no colo, ele chora,  reclama, mamãe acorda, papai coloca ele na cama  com a mamãe e... ele já cai dormindo. Acordando uma hora depois para alegria da mamãe e papai que tomaram um mate tranquilo.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Durante a gestação: A escolha do médico


Quando engravidei fui em busca de um gineco obstreta novo, porque a gineco que eu consultava se mostrou não ser a melhor opção para o parto que eu queria. Numa das primeiras consultas, quando falei que queria engravidar e fazer parto normal,  ela riu e disse e me disse-  "é bom querer"-, deixando claro sua posição, tempos depois soube que ela prefere fazer cesárea.
  
Então busquei um ginecologista do convênio para iniciar meu pré-natal,  através de uma indicação. Meu marido sempre foi em todos as consultas, desde a primeira. Este médico que iniciamos o pré-natal era atencioso, mas muito seco, respondia nossas dúvidas sem muito aprofundamento.

Lá pelas 25 semanas, começamos a programar  o parto, conversamos com o médico, falamos do parto normal, mas sai de lá com meu coração apertado. Meu pensamento era que lá pelas 38 semanas ele iria indicar cesariana por algum motivo.

Neste período ja tinha tido alguns encontros com a doula, sabia mais ou menos como queria meu parto, falei para ela sobre este medo em relação ao médico. Ela já havia me indicado um médica que realiza parto humanizado, que ela como doula já havia acompanhado um parto realizado por esta médica. E lá fomos nós marcamos uma consulta para ver.

Ficamos duas horas conversando com esta médica, meu marido que tinha medo do parto normal saiu de lá defendendo o parto humanizado e o que era melhor, todo embasado. Saímos de lá felizes com a escolha, terminei meu pré natal com ela. Em todas as consultas meu marido participou, a médica o incentivava a participar de todo o processo, tirava nossas dúvidas, respondia nossos anseios. Principalmente acabava com alguns mitos que a gente escuta por ai. sempre saiamos das consultas tranquilos e preparados para o que viria.

Deste processo, o que quero deixar para você que me lê e que, independentemente do parto que escolher o mais importante é confiar no médico que irá te assistir. Que este médico pense como você, que as crenças dele vá de encontro as tuas. E se precisar, mude. Procure o melhor para você e seu filho.


Desta história para mim ficou isto, troquei de médico até me sentir segura, fiz o parto que escolhi ( com meu marido junto o tempo todo e minha doula querida),  sem medo e feliz.

Aguardem logo vou contar a história do meu trabalho de parto e parto.
Abraço grande.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Decidindo engravidar: o papel da doula



Sempre achei que não teria filhos, tinha muitos medos, mas o maior deles era do parto, não do parto em si. Meu medo era ter de ir para um hospital, com outras pessoas definindo como deveria ser meu parto, medo de ser obrigada a fazer cesariana, sempre quis um parto normal. Enfim tinha muitos medos e ter filhos era uma possibilidade distante.

Tudo mudou na minha vida quando conheci a Anita, uma colega de trabalho. Conversávamos bastante, vimos que tínhamos afinidades, criamos uma amizade. Até que um dia conversando sobre filhos,  falei  sobre meus medos. Ela me contou que era doula que acompanhava e ajudava mulheres antes e durante o trabalho de parto , conversamos bastante. Mas dessa conversa o mais importante, e que mudou minha vida foi quando ela me falou sobre o parto humanizado e a possibilidade de escolher,de ser protagonista do meu parto.

Meu marido, um tempo depois agradeçou a ela, pois esta conversa possibilitou que hoje o Pedro brilhe em nossas vidas.

Um ano após esta conversa, que foi sucedida de muitas outras tão especiais, eu resolvi engravidar. Três meses depois de parar com os cuidados contraceptivos engravidei e iniciei com ela minha jornada rumo a meu parto humanizado.

(Sobre o trabalho da doula e o parto humanizado posso aprofundar em outro post inclusive com ajuda, se ela topar, da minha doula Anita.)




Palpitando

Todo mundo palpita na educação do seu filho, desde aos parentes mais próximos,  as senhorinhas sem noção na parada do ônibus. Todo mundo sabe um conselho, uma reza, uma dica.
 Antes do nascimento do Pedro  eu e o Luis, meu marido e parceiro de jornada,  conversávamos sobre como iriamos educar nossos filhos.

 Estas conversas permeiam o modo como organizamos a rotina, lidamos com as questões do dia a dia. As pessoas não deixam de palpitar, mas por mais que as vezes ficamos em dúvida sobre o que estamos fazendo, conversamos relembrando nossas conversas e seguimos o planejado. Fazemos o que achamos ser o melhor, mas não tiramos do nada.

 Fomos, antes de pensar em sermos pais, observando outras famílias, escutando o que nossos pais, amigos com filhos  diziam,  analisando , lendo e acima de tudo conversando muito.

Dos livros lidos adotamos teorias que achamos  que serviam, descartamos o que não acreditamos e fomos criando um método nosso de educação.  Entre erros e acertos vamos criando nosso filho.
Mas temos três premissas que achamos muito importantes:

1- Conversamos bastante durante o processo, somo flexíveis se percebemos que determinada abordagem não está dando certo para nosso filho, conversamos, repensamos e mudamos o rumo.
2- Sempre tentamos ser coerentes quanto a forma que o educamos, parece simples mas adotamos o  não é não, sim e sim com os dois. Não tem essa com a mãe é sim e com o pai não. Pode parecer exagero, ele é um bebezinho, mas acredite ele tenta.
3- Errar faz parte e flexionar também. Erramos,choramos, conversamos, temos um milhão de dúvidas,mas nunca estamos sozinhos, um ajuda o outro. A parceria  do casal é muito importante para manter a coerência da educação e não enlouquecer seu pequeno.

E uma coisa que aprendi a muito custo, que mesmo com esta parceria do casal  também precisamos dos outros. Recorra aos avós avôs,tias, quem estiver disposto a ajudar. Precisamos de ajuda, sempre tem alguém que quer ajudar, aceite. 

Quanto aos palpites tenha paciência com os palpiteiros, mas seja firme nas suas crenças. Por mais que bata a dúvida ou a irritação responda com calma e firmeza que você entenda o ponto de vista do outro, mas você fará assim ou assado. Mas pense bem, ás vezes o melhor e concordar fazer de conta que aceita e... fazer do seu jeito. Porquê cada um vive no seu tempo, do seu jeito, com suas crenças, e você vive hoje, com suas crenças, jeito, conhecimento, portanto acredite e faça.

Para os mais chegados, lê-se avôs,  é importante se posicionar. Até porquê eles em algum momento vão ficar com seu pequeno e é bom que saibam o seu sistema e respeitem. Seja firme, claro e fale sobre a forma que irão adotar para educar e cuidar do seu filho para que possam se estabelecer parcerias também na família.

Palpiteiros sempre irão existir o que temos é que saber separar os que devemos expor nossa forma de educação e cuidados e aqueles que faremos um sorrisinho amarelo de - tá bom vou fazer assim, escolha suas batalhas de forma a não gastar energia com quem não precisa ou merece.

E as tiazinhas sem noção que nunca vimos na vida e dão palpite até vale uma cara virada,  porquê afinal ninguém é de ferro.

Abraço
Ane


Um pouco de mim

 Meu nome é Anelise tenho 32 anos e sou mãe do Pedro um lindo menininho agora com dez meses. Resolvi parar de trabalhar para ficar com meu pequeno e aproveita-ló, ver ele crescer.

 Sou formada em pedagogia e trabalhei alguns anos como educadora em escolas de educação infantil, quase sempre em berçário, minha paixão. Com estes bebezinhos aprendi muito e participei de muitas primeiras vezes.

 Vi muitos primeiros passos, palavras, engatinhos, brincadeiras, gracinhas, as mamães vinham buscar seus pequenos e eu via suas expressões de alegria e tristeza quando contava que seu bebê havia aprendido algo novo. Entendia a tristeza, afinal eu havia visto, vivenciado e não a mamãe . E pensava que quando fosse a minha vez eu gostaria muito de vivenciar isto.

 Eu e meu marido sempre conversamos sobre isso e, quando chegou minha vez pude me organizar e ficar em casa cuidando e curtindo meu Pedro.

 E assim começa minha história e o porquê deste blog. Com ele posso escrever sobre o que estou passando, o que me ajuda no processo, e quem sabe ajudar outras mamães que como eu estão entrando neste mundo, estão também MATERNANDO.

 Bem vindo você que passou por aqui.
Abraço,
Ane

Iniciando, até que enfim.

Para começo de  conversa, gostaria de escrever muito, todos os dias. Tenho um lindo bebê de dez meses e já vivi algumas coisinhas com ele, mas me falta tempo. Então irei fazendo devagarzinho conforme for possível. Mas prometo vai melhorar.