quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Palpitando

Todo mundo palpita na educação do seu filho, desde aos parentes mais próximos,  as senhorinhas sem noção na parada do ônibus. Todo mundo sabe um conselho, uma reza, uma dica.
 Antes do nascimento do Pedro  eu e o Luis, meu marido e parceiro de jornada,  conversávamos sobre como iriamos educar nossos filhos.

 Estas conversas permeiam o modo como organizamos a rotina, lidamos com as questões do dia a dia. As pessoas não deixam de palpitar, mas por mais que as vezes ficamos em dúvida sobre o que estamos fazendo, conversamos relembrando nossas conversas e seguimos o planejado. Fazemos o que achamos ser o melhor, mas não tiramos do nada.

 Fomos, antes de pensar em sermos pais, observando outras famílias, escutando o que nossos pais, amigos com filhos  diziam,  analisando , lendo e acima de tudo conversando muito.

Dos livros lidos adotamos teorias que achamos  que serviam, descartamos o que não acreditamos e fomos criando um método nosso de educação.  Entre erros e acertos vamos criando nosso filho.
Mas temos três premissas que achamos muito importantes:

1- Conversamos bastante durante o processo, somo flexíveis se percebemos que determinada abordagem não está dando certo para nosso filho, conversamos, repensamos e mudamos o rumo.
2- Sempre tentamos ser coerentes quanto a forma que o educamos, parece simples mas adotamos o  não é não, sim e sim com os dois. Não tem essa com a mãe é sim e com o pai não. Pode parecer exagero, ele é um bebezinho, mas acredite ele tenta.
3- Errar faz parte e flexionar também. Erramos,choramos, conversamos, temos um milhão de dúvidas,mas nunca estamos sozinhos, um ajuda o outro. A parceria  do casal é muito importante para manter a coerência da educação e não enlouquecer seu pequeno.

E uma coisa que aprendi a muito custo, que mesmo com esta parceria do casal  também precisamos dos outros. Recorra aos avós avôs,tias, quem estiver disposto a ajudar. Precisamos de ajuda, sempre tem alguém que quer ajudar, aceite. 

Quanto aos palpites tenha paciência com os palpiteiros, mas seja firme nas suas crenças. Por mais que bata a dúvida ou a irritação responda com calma e firmeza que você entenda o ponto de vista do outro, mas você fará assim ou assado. Mas pense bem, ás vezes o melhor e concordar fazer de conta que aceita e... fazer do seu jeito. Porquê cada um vive no seu tempo, do seu jeito, com suas crenças, e você vive hoje, com suas crenças, jeito, conhecimento, portanto acredite e faça.

Para os mais chegados, lê-se avôs,  é importante se posicionar. Até porquê eles em algum momento vão ficar com seu pequeno e é bom que saibam o seu sistema e respeitem. Seja firme, claro e fale sobre a forma que irão adotar para educar e cuidar do seu filho para que possam se estabelecer parcerias também na família.

Palpiteiros sempre irão existir o que temos é que saber separar os que devemos expor nossa forma de educação e cuidados e aqueles que faremos um sorrisinho amarelo de - tá bom vou fazer assim, escolha suas batalhas de forma a não gastar energia com quem não precisa ou merece.

E as tiazinhas sem noção que nunca vimos na vida e dão palpite até vale uma cara virada,  porquê afinal ninguém é de ferro.

Abraço
Ane


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